Contextualização
Ao longo do tempo, a Terra passou por diversas transformações geográficas profundas, uma das mais interessantes delas é a teoria da deriva continental. Esta teoria, formulada pelo meteorologista alemão Alfred Wegener no início do século XX, propõe que os continentes que conhecemos hoje já estiveram todos juntos em um grande supercontinente, chamado Pangeia, e com o tempo se movimentaram para as posições atuais.
Inicialmente, a teoria de Wegener foi recebida com muita resistência, pois contrariava as convicções estabelecidas na época. No entanto, com o avanço tecnológico e a capacidade de analisar profundamente a estrutura da Terra, a teoria da deriva continental ganhou credibilidade e é hoje amplamente aceita na comunidade científica. Para entender como isso funciona, é importante conhecer alguns conceitos-chave, como placas tectônicas, a estrutura interna da Terra e a maneira como as rochas registram os processos geológicos.
Importância e aplicação no mundo real
Entender a deriva continental não é apenas uma questão de conhecer a história da Terra, mas também um meio de entender como esses processos afetaram e continuam a influenciar o mundo em que vivemos. Por exemplo, a movimentação das placas tectônicas é responsável por terremotos e vulcanismos, fenômenos que têm impacto direto na vida das pessoas, especialmente aquelas que vivem em áreas de risco.
Além disso, a deriva continental desempenha um papel importante na formação de recursos naturais, como depósitos de minerais e combustíveis fósseis. Portanto, compreender esses processos pode nos ajudar a encontrar formas mais eficientes e sustentáveis de explorar esses recursos.
Atividade Prática
Título da Atividade: De Pangeia ao Presente: A Jornada dos Continentes
Objetivo do Projeto
Os alunos irão recriar a deriva continental, desde a Pangeia até o presente, observando e explicando as alterações no formato das costas brasileira e africana. Também irão avaliar a relação entre a deriva continental, os fenômenos geológicos e a distribuição de recursos naturais na Terra.
Descrição Detalhada do Projeto
Os grupos irão recriar a deriva continental usando uma mistura de argila, areia e água, representando os diferentes tipos de rochas e solos que compõem a crosta terrestre. Eles irão desenhar e recortar as formações continentais em diferentes períodos de tempo e observar o efeito da deriva sobre a costa brasileira e africana. Também irão simular o impacto da deriva continental na distribuição de recursos naturais e fenômenos geológicos.
Materiais Necessários
- Argila
- Areia
- Bandejas grandes para suportar a massa de argila e areia (uma para cada grupo)
- Água
- Papelão
- Mapas impressos da Pangeia e dos continentes como estão hoje
- Lápis de cor ou canetas coloridas
- Tesoura
- Palitos de sorvete
- Marcadores de recursos naturais (pode ser pequenas pedras coloridas ou bolinhas de gude)
- Marcadores de fenômenos geológicos (pedaços de papel laminado para vulcões; elásticos para zonas de falha)
Passo a Passo para a Realização da Atividade
- Estude os recursos de aprendizado mencionados na contextualização e faça anotações dos pontos principais.
- Use o papelão para criar modelos em escala dos continentes como estão hoje e como estavam durante a Pangeia. Pinte ou marque os modelos para representar diferentes tipos de rochas e solos em cada localização continental.
- Coloque a argila e a areia nas bandejas, representando a crosta terrestre. Mergulhe os modelos continentais na mistura, começando com a configuração da Pangeia.
- Mova lentamente os continentes para simular a deriva continental ao longo de milhões de anos, até chegarem às posições atuais. Anote as mudanças na costa brasileira e africana.
- Use os marcadores para indicar a localização de recursos naturais e fenômenos geológicos. Discuta como a deriva continental pode ter influenciado a distribuição desses elementos.
- Documente todo o processo com fotos e anotações. Discuta as observações e conclusões em grupo.
Entregas do Projeto
Os alunos deverão entregar um relatório detalhado da atividade, incluindo as seguintes seções:
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Introdução: Descrever a deriva continental e sua relevância no mundo real, com referência às fontes de aprendizado utilizadas.
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Desenvolvimento: Explicar a atividade em detalhes, incluindo a preparação dos modelos, a simulação da deriva continental, e as observações sobre a costa brasileira e africana. Apresentar fotos e discussões das descobertas sobre a distribuição de recursos naturais e fenômenos geológicos.
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Conclusões: Retomar os pontos principais, destacar os aprendizados obtidos e tirar conclusões sobre o projeto. Isso deve incluir um resumo do impacto da deriva continental na formação da Terra como a conhecemos hoje.
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Bibliografia: Indicar as fontes em que se basearam para realizar o projeto, incluindo livros, páginas da web, vídeos, etc.