Objetivos (5 - 7 minutos)
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Compreensão do sistema de grupos sanguíneos (ABO e Rh): Os alunos devem ser capazes de entender os diferentes tipos de antígenos presentes nos glóbulos vermelhos (A, B e Rh) e como eles determinam o tipo sanguíneo de uma pessoa. Além disso, devem entender o conceito de anticorpos e como eles reagem com os antígenos.
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Cálculo de probabilidade de herança de grupos sanguíneos: Após entender o sistema ABO, os alunos devem ser capazes de aplicar esse conhecimento para calcular a probabilidade de um filho herdar um determinado tipo sanguíneo de seus pais. Isso inclui a compreensão dos conceitos de alelos múltiplos e dominância.
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Reconhecimento de grupos sanguíneos compatíveis para transfusão: Por fim, os alunos devem ser capazes de aplicar o conhecimento adquirido para determinar quais tipos sanguíneos são compatíveis para transfusão. Isso inclui a compreensão de como o sistema de grupos sanguíneos e o fator Rh podem afetar a compatibilidade.
Objetivos secundários:
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Estimular o pensamento crítico e a resolução de problemas: Através do cálculo de probabilidades e da determinação de compatibilidade sanguínea, os alunos serão incentivados a desenvolver habilidades de pensamento crítico e a resolver problemas complexos.
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Promover a aprendizagem colaborativa: O modelo de aula invertida proposto permite que os alunos trabalhem em grupos, promovendo a colaboração e a troca de ideias. Isso contribui para o Desenvolvimento de habilidades de trabalho em equipe e respeito às opiniões divergentes.
Introdução (10 - 12 minutos)
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Revisão de conceitos prévios (3 - 4 minutos): O professor deve começar a aula relembrando os conceitos básicos de genética, tais como alelos, genes, cromossomos e hereditariedade. É importante que os alunos já tenham um entendimento sólido desses conceitos, pois eles serão a base para a compreensão dos grupos sanguíneos.
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Situações-problema (3 - 4 minutos): O professor deve, então, apresentar duas situações que envolvem os grupos sanguíneos. A primeira pode ser a seguinte: "Se um pai com sangue tipo A e uma mãe com sangue tipo B têm um filho com sangue tipo O, como isso é possível?" A segunda situação pode ser: "Se uma pessoa com sangue tipo AB recebe uma transfusão de sangue tipo B, o que pode acontecer?" Essas situações servirão como ponto de partida para a exploração do tópico.
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Contextualização (2 - 3 minutos): O professor deve então explicar a importância dos grupos sanguíneos na prática médica, citando exemplos como a transfusão de sangue e a compatibilidade sanguínea em transplantes de órgãos. Isso ajudará os alunos a entender a relevância do tópico e a se engajar na aula.
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Introdução ao tópico (2 - 3 minutos): Finalmente, o professor deve introduzir o tópico dos grupos sanguíneos, explicando que existem diferentes tipos de sangue e que esses tipos são determinados por genes. O professor pode também mencionar a existência do fator Rh e como ele afeta a compatibilidade sanguínea. Para despertar o interesse dos alunos, o professor pode compartilhar curiosidades, como o fato de que o tipo sanguíneo AB é conhecido como "recebedor universal", pois pode receber sangue de qualquer tipo, ou que o tipo sanguíneo O é conhecido como "doador universal", pois pode doar sangue para qualquer tipo.
Desenvolvimento (20 - 25 minutos)
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Atividade "Construindo Famílias" (10 - 12 minutos): Esta atividade prática e lúdica permitirá que os alunos apliquem o conhecimento adquirido sobre herança genética e grupos sanguíneos. Os alunos serão divididos em grupos de 4 a 5 pessoas. Cada grupo receberá uma série de cartões, cada um representando um membro da família (pai, mãe e filhos). Cada cartão terá uma cor diferente, representando um tipo sanguíneo diferente (A, B, AB, O). Além disso, alguns dos cartões terão um sinal de "+" ou "-", representando o fator Rh. O objetivo da atividade é que os grupos "construam" famílias, garantindo que a combinação dos tipos sanguíneos dos pais resulte nos tipos sanguíneos dos filhos de acordo com as regras da genética. Os alunos deverão justificar suas escolhas e explicar o raciocínio por trás da construção de cada família. Ao final da atividade, cada grupo apresentará uma de suas famílias para a classe, explicando como aplicaram os conceitos de genética e grupos sanguíneos.
- Materiais necessários: Cartões coloridos, marcadores, cartolinas ou papel cartão, cola ou fita adesiva.
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Atividade "O Doador Universal" (10 - 12 minutos): Nesta atividade, os alunos serão desafiados a resolver um problema do mundo real. Eles receberão a seguinte situação: "Um hospital recebeu uma emergência e precisa realizar uma transfusão de sangue imediatamente. Eles têm um doador com sangue tipo O+ e três pacientes com tipos sanguíneos diferentes (A-, B+, AB-). Qual paciente pode receber a doação de sangue? Por quê?" Os alunos, em seus grupos, deverão aplicar o conhecimento adquirido sobre grupos sanguíneos e compatibilidade sanguínea para resolver o problema. Eles deverão justificar sua resposta com base nos conceitos aprendidos. Esta atividade promove o pensamento crítico e a aplicação prática do conhecimento.
- Materiais necessários: Cópias da situação-problema e dos tipos sanguíneos dos doadores e pacientes (representados por cartões coloridos).
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Discussão em grupo (5 - 7 minutos): Após a Conclusão das atividades, o professor deve promover uma discussão em grupo sobre as soluções encontradas pelos alunos. Cada grupo terá a oportunidade de compartilhar suas conclusões e explicar o raciocínio por trás delas. O professor deve orientar a discussão, esclarecendo dúvidas, reforçando os conceitos-chave e destacando os pontos de aprendizado. Esta discussão permite que os alunos aprendam uns com os outros, desenvolvam habilidades de comunicação e aprimorem sua compreensão do tópico.
Retorno (8 - 10 minutos)
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Discussão em grupo (3 - 4 minutos): O professor deve promover uma discussão em grupo sobre as soluções ou conclusões encontradas pelos alunos durante as atividades "Construindo Famílias" e "O Doador Universal". Cada grupo terá até 3 minutos para compartilhar suas conclusões, destacando o raciocínio usado e como o conhecimento sobre grupos sanguíneos e genética influenciou suas decisões. O professor deve fazer perguntas direcionadas para estimular a reflexão e aprofundar a compreensão dos alunos sobre o tópico.
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Conexão com a teoria (2 - 3 minutos): Após a discussão em grupo, o professor deve fazer uma síntese das atividades, conectando-as com a teoria apresentada no início da aula. Isso pode ser feito ressaltando como os conceitos de alelos múltiplos, dominância e recessividade, e probabilidade de herança foram aplicados nas atividades. O professor deve também revisar os conceitos de grupos sanguíneos e fator Rh, e como eles determinam a compatibilidade sanguínea. Essa conexão entre a prática e a teoria ajuda a consolidar o aprendizado e a identificar possíveis lacunas no entendimento dos alunos.
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Reflexão individual (2 - 3 minutos): O professor deve propor que os alunos reflitam individualmente sobre o que aprenderam na aula. Para isso, o professor pode fazer perguntas como: "Qual foi o conceito mais importante que você aprendeu hoje?" e "Quais questões ainda não foram respondidas?". Os alunos terão um minuto para pensar em suas respostas. Em seguida, eles serão convidados a compartilhar suas reflexões com a classe. O professor deve incentivar os alunos a expressarem suas opiniões e a fazerem perguntas, criando um ambiente de aprendizado aberto e acolhedor.
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Feedback e encerramento (1 minuto): O professor deve agradecer aos alunos pela participação ativa e pelo esforço durante a aula. O professor deve também fornecer um feedback geral sobre a aula, destacando os pontos fortes e as áreas que precisam ser reforçadas. O professor pode, por exemplo, elogiar a criatividade dos alunos nas atividades práticas e a clareza de suas explicações durante a discussão em grupo. Ao mesmo tempo, o professor pode apontar a necessidade de revisar alguns conceitos ou de praticar mais os cálculos de probabilidade. O professor deve terminar a aula reforçando a importância dos grupos sanguíneos no contexto da biologia e da medicina, e incentivando os alunos a continuarem explorando o assunto por conta própria.
Conclusão (5 - 7 minutos)
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Resumo e Recapitulação (2 - 3 minutos): O professor deve iniciar a Conclusão recapitulando os principais pontos abordados na aula. Isso inclui a definição e a importância dos grupos sanguíneos, o sistema ABO e o fator Rh, e como esses fatores influenciam a compatibilidade sanguínea em transfusões e transplantes. O professor pode relembrar brevemente as atividades práticas realizadas pelos alunos e os conceitos teóricos que foram aplicados nelas. Esta recapitulação serve para consolidar o aprendizado e reforçar os conceitos-chave na memória dos alunos.
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Conexão entre Teoria e Prática (1 - 2 minutos): O professor deve explicar como a aula conectou a teoria dos grupos sanguíneos com a prática. Isso pode ser feito destacando como as atividades "Construindo Famílias" e "O Doador Universal" permitiram aos alunos aplicar os conceitos teóricos de genética e grupos sanguíneos de maneira prática e significativa. O professor pode ressaltar que a compreensão teórica é essencial, mas que só se torna real e útil quando aplicada a situações concretas.
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Materiais Complementares (1 - 2 minutos): O professor deve sugerir materiais adicionais para os alunos que desejam aprofundar seu entendimento sobre o tópico. Esses materiais podem incluir livros, artigos, vídeos e websites que expliquem de maneira mais detalhada os grupos sanguíneos, a genética e a probabilidade de herança. Alguns exemplos de materiais são: o livro "Biologia Molecular da Célula" de Bruce Alberts, o vídeo "A herança sanguínea" do canal "Biologia Total", e o website "Understanding Blood Types" da American Red Cross. O professor deve enfatizar que o estudo autônomo é uma parte importante do processo de aprendizado e que esses materiais podem ser úteis para esclarecer dúvidas e expandir o conhecimento.
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Relevância do Tópico (1 minuto): Para encerrar, o professor deve ressaltar a importância do conhecimento sobre grupos sanguíneos na vida cotidiana e na prática médica. Ele deve explicar que a compreensão dos grupos sanguíneos é fundamental para a realização de transfusões de sangue seguras e para a determinação da compatibilidade sanguínea em transplantes. Além disso, o professor pode mencionar que o conhecimento sobre grupos sanguíneos também pode ser útil em outras áreas, como a antropologia forense, que utiliza a análise de grupos sanguíneos para auxiliar na identificação de indivíduos em investigações criminais. O professor deve terminar a aula reforçando a relevância do tópico e incentivando os alunos a continuarem explorando e aplicando o que aprenderam.