Banco de questões: Crise de 1929 nos Estados Unidos da América e no Mundo

Na esteira da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos emergiram como a potência econômica dominante, impulsionando um período de crescimento sem precedentes apoiado pela inovação industrial e pela produção em massa. Todavia, a prosperidade dos anos 20 revelou-se frágil quando, em outubro de 1929, a Bolsa de Valores de Nova York sofreu uma drástica queda que desencadeou a Grande Depressão. A crise se propagou rapidamente pelo mundo, afetando tanto países industrializados quanto economias periféricas como a do Brasil. O economista John Maynard Keynes, em sua obra 'The General Theory of Employment, Interest and Money', criticou a política de austeridade e defendeu a intervenção estatal como uma via para a recuperação econômica. Considerando o contexto histórico e as teorias econômicas emergentes após a crise, responda: (1) Quais foram os principais mecanismos econômicos que levaram à crise de 1929, e de que forma essa crise impactou o Brasil e outras economias em desenvolvimento? (2) Com base nos conceitos de Keynesianismo, explique como as propostas de intervenção estatal apresentadas por Keynes poderiam ter sido aplicadas para atenuar os efeitos da crise.

A crise de 1929, um dos eventos mais impactantes da história econômica moderna, teve raízes profundas no pós-Primeira Guerra Mundial e na superprodução norte-americana, que criou um desequilíbrio entre a capacidade de produção e o poder aquisitivo da população. John Kenneth Galbraith, em 'A Crise Econômica de 1929', descreve que 'a prosperidade era artificial... uma casa de cartas pronta para desabar'. Com base nessa afirmação e em seus conhecimentos interdisciplinares, responda aos itens a seguir: (1) Explique como a relação entre superprodução e poder aquisitivo pode gerar uma crise econômica e de que forma esse fenômeno se espalhou pelo mundo, impactando economias fora dos Estados Unidos. (2) Discorra sobre as medidas adotadas pelos países afetados pela crise de 1929, especialmente no Brasil, e avalie sua eficácia à luz de conceitos econômicos contemporâneos, considerando as consequências de tais decisões para o desenvolvimento de políticas econômicas futuras.

A crise de 1929 teve um impacto duradouro não apenas na economia dos Estados Unidos, mas também em escala global, afetando profundamente países como o Brasil, que experimentaram uma série de transformações econômicas e sociais. Como descreve o historiador Eric Hobsbawm, 'A Grande Depressão revelou as profundas ligações econômicas entre todas as partes do mundo, e como o colapso de um sistema de crédito em um país poderia ter consequências terríveis em outro'. Considerando o contexto histórico e econômico referente ao período pós-Primeira Guerra Mundial e a superprodução norte-americana, explique de que maneira a crise de 1929 impactou o Brasil e outras economias mundiais, demonstrando a interligação entre os mercados e as consequências da quebra da Bolsa de Nova York para as nações fora dos Estados Unidos.

A Crise de 1929 teve um impacto de proporções globais, afetando principalmente as economias vinculadas ao modelo capitalista. No entanto, suas raízes podem ser encontradas em um cenário de pós-guerra, onde a superprodução norte-americana não encontrava equivalente consumo de massa. Considerando essa conjuntura, o economista John Maynard Keynes, em sua obra 'Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda', argumenta: 'A depressão econômica não constitui uma catástrofe natural que necessita de um curso longo e doloroso para a recuperação; é um mal que podemos superar se desejarmos.' (1936). Com base nessa afirmação e em seus conhecimentos, responda: (1) Como o contexto econômico pós Primeira Guerra Mundial e a superprodução norte-americana contribuíram para desencadear a Crise de 1929? (2) Avalie, com base no pensamento de Keynes, como as políticas econômicas implementadas após a crise refletiram uma mudança de paradigma no papel do Estado na economia.