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Resumo de Quarta República Brasileira: do Fim da Era Vargas à Ditadura Cívico-Militar

História

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Quarta República Brasileira: do Fim da Era Vargas à Ditadura Cívico-Militar

Quarta República Brasileira: do Fim da Era Vargas à Ditadura Cívico-Militar | Resumo Tradicional

Contextualização

A Quarta República Brasileira, também conhecida como República Populista, foi um período que se estendeu de 1946 a 1964. Este período começou após a queda do Estado Novo, regime autoritário liderado por Getúlio Vargas, e buscou estabelecer um regime democrático no país. Durante esses anos, o Brasil passou por diversas transformações políticas, econômicas e sociais, marcadas por uma intensa urbanização e industrialização, bem como por crises políticas e tensões sociais que abalaram o país. A Quarta República foi um momento de transição e tentativa de consolidação democrática, embora tenha sido permeada por conflitos e instabilidades que culminaram no golpe militar de 1964.

O governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) marcou o início desse período com a adoção de uma nova constituição e políticas econômicas liberais. Em seguida, Getúlio Vargas retornou ao poder em 1951, desta vez como presidente eleito democraticamente, enfrentando grandes desafios políticos e econômicos até seu suicídio em 1954. Juscelino Kubitschek (1956-1961) promoveu um significativo desenvolvimento econômico com seu Plano de Metas e a construção de Brasília. A breve presidência de Jânio Quadros terminou com sua renúncia inesperada em 1961, o que levou à instabilidade política que culminou no governo de João Goulart, marcado por propostas de reformas e resistências militares, até o golpe de 1964 que instaurou a ditadura cívico-militar.

Governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)

O governo de Eurico Gaspar Dutra marcou o início da Quarta República Brasileira com a adoção de uma nova constituição em 1946, que estabelecia um regime democrático após o fim do Estado Novo. Dutra foi eleito democraticamente e seu governo foi caracterizado por uma política econômica liberal, que buscava abrir o mercado brasileiro ao capital estrangeiro e implementar medidas de austeridade fiscal.

Durante o governo de Dutra, houve um esforço significativo para alinhar o Brasil com os Estados Unidos e outras nações ocidentais, especialmente no contexto da Guerra Fria. Isso resultou em políticas que favoreceram o investimento estrangeiro e a entrada de capital externo, mas também enfrentou dificuldades econômicas internas, como a alta inflação e a desvalorização da moeda.

Além das questões econômicas, o governo de Dutra também enfrentou desafios sociais, como o aumento das desigualdades regionais e sociais. A urbanização e a industrialização começaram a se intensificar, mas de forma desigual, o que gerou tensões sociais significativas.

  • Adoção de uma nova constituição em 1946.

  • Política econômica liberal e abertura ao capital estrangeiro.

  • Desafios econômicos internos, como alta inflação e desvalorização da moeda.

O Retorno de Getúlio Vargas (1951-1954)

Getúlio Vargas retornou ao poder em 1951, desta vez como presidente eleito pelo voto direto, marcando uma nova fase de sua influência na política brasileira. Seu governo foi caracterizado por políticas trabalhistas e sociais que buscavam melhorar as condições de vida dos trabalhadores, como o aumento do salário mínimo e a criação de novas leis trabalhistas.

No entanto, o segundo governo de Vargas enfrentou grandes desafios econômicos e políticos. A inflação continuava alta, e o país vivia uma crise econômica que afetava a popularidade do governo. Além disso, Vargas enfrentava uma forte oposição política e militar, que culminou em uma série de crises que abalaram seu governo.

A situação se agravou com o atentado contra Carlos Lacerda, um dos maiores opositores de Vargas, que foi atribuído a pessoas próximas ao presidente. Sentindo-se encurralado e sem opções, Vargas cometeu suicídio em 1954, deixando uma carta-testamento que se tornou um documento histórico importante.

  • Políticas trabalhistas e sociais voltadas para os trabalhadores.

  • Desafios econômicos e alta inflação.

  • Forte oposição política e militar culminando no suicídio de Vargas em 1954.

Governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961)

O governo de Juscelino Kubitschek é lembrado pelo seu Plano de Metas, que tinha como objetivo promover o desenvolvimento econômico acelerado do Brasil com o lema '50 anos em 5'. Esse plano incluía investimentos em infraestrutura, como a construção de rodovias, usinas hidrelétricas e, principalmente, a construção de Brasília, a nova capital do Brasil.

A construção de Brasília foi um marco do governo de Kubitschek, simbolizando a interiorização e modernização do país. A cidade foi planejada para ser um centro administrativo e político, e sua construção atraiu muitos trabalhadores e empresas, impulsionando o desenvolvimento da região Centro-Oeste.

Além da construção de Brasília, o Plano de Metas também incentivou a industrialização, atraindo indústrias automobilísticas e de bens de consumo duráveis para o Brasil. Essas políticas contribuíram para a urbanização e modernização do país, embora também gerassem problemas, como o aumento da dívida externa e a concentração de riquezas em determinadas regiões.

  • Plano de Metas com o lema '50 anos em 5'.

  • Construção de Brasília como símbolo de modernização.

  • Incentivo à industrialização e urbanização do país.

Crise e Governo de João Goulart (1961-1964)

A crise política que seguiu a renúncia de Jânio Quadros em 1961 criou um cenário de instabilidade que marcou o governo de João Goulart. Inicialmente, houve resistência dos militares à posse de Goulart, o que levou à implementação de um sistema parlamentarista temporário como forma de compromisso, reduzindo os poderes presidenciais.

Em 1963, um plebiscito restaurou o sistema presidencialista, permitindo que Goulart assumisse plenos poderes como presidente. Seu governo foi marcado por propostas de reformas de base, incluindo reformas agrária, urbana, educacional e tributária. Essas reformas buscavam reduzir as desigualdades sociais e promover o desenvolvimento econômico, mas enfrentaram forte resistência de setores conservadores e militares.

A crescente polarização política e social, aliada à instabilidade econômica e à pressão de grupos militares e civis, culminou no golpe militar de 1964. Esse golpe depôs Goulart e instaurou um regime militar que durou até 1985, marcando o fim da Quarta República e o início da ditadura cívico-militar no Brasil.

  • Resistência militar à posse de João Goulart e implementação temporária do parlamentarismo.

  • Propostas de reformas de base para reduzir desigualdades sociais.

  • Golpe militar de 1964 que depôs Goulart e instaurou a ditadura cívico-militar.

Para não esquecer

  • Quarta República Brasileira: Período histórico entre 1946 e 1964, marcado pela tentativa de consolidação democrática e crises políticas.

  • República Populista: Outro nome para a Quarta República, destacando o caráter populista de muitos governos da época.

  • Era Vargas: Período de governo de Getúlio Vargas, incluindo o Estado Novo e seu segundo mandato como presidente eleito.

  • Ditadura Cívico-Militar: Regime autoritário instaurado após o golpe militar de 1964, que durou até 1985.

  • Governo de Eurico Gaspar Dutra: Primeiro governo da Quarta República, marcado por políticas econômicas liberais e dificuldades econômicas.

  • Getúlio Vargas: Presidente do Brasil em dois períodos distintos, enfrentando grandes desafios políticos e econômicos.

  • Juscelino Kubitschek: Presidente conhecido pelo Plano de Metas e a construção de Brasília.

  • Renúncia de Jânio Quadros: A inesperada renúncia do presidente em 1961, que gerou uma crise política.

  • João Goulart: Presidente deposto pelo golpe militar de 1964, conhecido por propostas de reformas de base.

  • Golpe Militar de 1964: Evento que deu início à ditadura cívico-militar no Brasil.

  • Urbanização: Processo de crescimento das cidades e aumento da população urbana.

  • Industrialização: Desenvolvimento da indústria e aumento da produção industrial no Brasil.

  • Desenvolvimento econômico: Políticas e ações voltadas para o crescimento econômico do país.

  • Crises políticas: Períodos de instabilidade e conflitos políticos que marcaram a Quarta República.

  • Tensões sociais: Conflitos e desigualdades sociais que se intensificaram durante a Quarta República.

Conclusão

A Quarta República Brasileira, também conhecida como República Populista, foi um período significativo da história brasileira que se estendeu de 1946 a 1964. Este período foi caracterizado por uma série de transformações políticas, econômicas e sociais, incluindo a adoção de uma nova constituição, políticas econômicas liberais, e o retorno de Getúlio Vargas ao poder. A construção de Brasília e o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek simbolizaram a modernização do país, embora também tenham gerado desafios econômicos.

A instabilidade política marcou a presidência de Jânio Quadros, que renunciou inesperadamente, e de João Goulart, que propôs reformas de base para reduzir as desigualdades sociais. A crescente polarização e a pressão de setores conservadores culminaram no golpe militar de 1964, que instaurou a ditadura cívico-militar e pôs fim à Quarta República.

Compreender este período é essencial para entender as raízes de muitos aspectos da política e da sociedade contemporâneas no Brasil. A Quarta República foi um momento de tentativas de consolidação democrática, urbanização e industrialização, apesar das crises políticas e tensões sociais que a acompanharam. Esse conhecimento é crucial para analisar o desenvolvimento histórico e as transformações que moldaram o Brasil moderno.

Dicas de Estudo

  • Revise os principais eventos e figuras políticas discutidas na aula, como os governos de Eurico Gaspar Dutra, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart.

  • Utilize mapas e cronogramas para visualizar as mudanças territoriais e temporais, ajudando a entender melhor a construção de Brasília e outros eventos importantes.

  • Leia materiais complementares, como biografias de figuras importantes e análises históricas sobre o período, para aprofundar seu conhecimento e obter diferentes perspectivas sobre a Quarta República Brasileira.

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