Banco de questões: Absolutismo

Durante os séculos XVI e XVII, a Europa vivenciou o fortalecimento das monarquias absolutistas, um sistema político em que o rei concentrava em suas mãos o poder absoluto, muitas vezes justificado pelo direito divino dos reis. Esse modelo buscava centralizar o controle político, econômico e militar em torno do soberano, limitando o poder da nobreza e outros grupos sociais. Considerando esse contexto, qual era a principal característica que diferenciava as monarquias absolutistas europeias de outros sistemas políticos da época?

O absolutismo foi um sistema político que vigorou na Europa durante os séculos XVI a XVIII, caracterizado pelo poder centralizado nas mãos dos monarcas. Neste contexto, qual das seguintes características representa um aspecto central do absolutismo?

Durante o período do Absolutismo, a Europa testemunhou a centralização do poder político nas mãos de monarcas, muitas vezes à custa de nobres e outros poderes locais. Jean Bodin, em 'Os Seis Livros da República' (1576), argumenta que 'a soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma República', refletindo a ideologia de que o monarca, como soberano, detinha poderes absolutos, não sujeitos a nenhuma outra autoridade. Em 'O Leviatã' (1651), Thomas Hobbes defende a necessidade de um governo absolutista forte para preservar a ordem e a segurança, afirmando que 'duas coisas são necessárias para que o homem abandone o estado de natureza: o poder e o medo'. Com base nesses princípios teóricos e no contexto histórico do Absolutismo, responda: (1) Explique como a noção de soberania absoluta refletida nas obras de Bodin e Hobbes se manifestou nas práticas políticas dos reis absolutistas. (2) Discorra sobre os impactos sociais e econômicos da centralização do poder nas mãos do monarca e da burocracia estatal no desenvolvimento das nações europeias modernas.

Durante o período do Absolutismo na Europa, monarcas como Luís XIV da França e Pedro, o Grande, da Rússia, consolidaram o poder em suas mãos, em detrimento de outras instituições e da nobreza. O reinado francês ficou marcado pela expressão 'L'État, c'est moi' ('O Estado sou eu'), enquanto o czar russo implementou reformas que aboliam o poder de seus nobres e fortaleciam a administração central. Em 'O Príncipe', Maquiavel argumenta que 'É mais seguro ser temido do que ser amado'. Na prática do absolutismo, observamos a aplicação dessa visão nos métodos de governança adotados por esses soberanos. Considerando o contexto histórico e a citação de Maquiavel, analise o papel do monarca absolutista na estrutura do Estado moderno e discuta como a concentração de poder em uma única figura afetou as demais instituições e a sociedade em geral. Em sua resposta, avalie se a abordagem do monarca em ser 'temido' ao invés de 'amado' reflete as estratégias de governança utilizadas durante o Absolutismo.

Durante o absolutismo, o poder monárquico na Europa consolidou-se em um modelo centralizador e autocrático, em oposição ao feudalismo e às estruturas descentralizadas anteriores. O historiador John Emerich Edward Dalberg-Acton afirmou que 'O poder tende a corromper e o poder absoluto corrompe absolutamente'. Considerando o contexto europeu do século XVII e XVIII, caracterize as estruturas de poder e o papel dos soberanos em um regime absolutista. Em seguida, discuta como o crescimento do poder monárquico poderia ter levado a potenciais formas de corrupção e abusos de poder, segundo a perspectiva de Acton.