Plano de Aula | Metodologia Socioemocional | Arte: Cristã Primitiva
Palavras Chave | Arte Cristã Primitiva, Religiosidade, Pinturas nas Catacumbas, Autoconhecimento, Autocontrole, Tomada de Decisão Responsável, Habilidades Sociais, Consciência Social, Método RULER, Expressão Emocional, Resiliência, História da Arte, Símbolos Religiosos, Perseguição Religiosa, Educação Socioemocional |
Materiais Necessários | Folhas de papel, Tintas (guache ou aquarela), Pincéis de diferentes tamanhos, Lápis e borrachas, Copos para água, Paletas para mistura de tintas, Aventais ou camisetas velhas para proteção, Papel toalha ou panos para limpeza, Quadro branco ou flip chart, Marcadores coloridos, Computador e projetor (para mostrar exemplos de pinturas cristãs primitivas), Caixas de som (para música ambiente, se desejado), Cadeiras confortáveis para a atividade de respiração profunda |
Códigos BNCC | EM13LGG604: Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política e econômica e identificar o processo de construção histórica dessas práticas. |
Ano Escolar | 2º ano do Ensino Médio |
Disciplina | Artes |
Unidade Temática | História da Arte |
Objetivos
Duração: 15 - 20 minutos
A finalidade desta etapa do Plano de Aula Socioemocional é proporcionar aos alunos uma compreensão clara e detalhada da arte cristã primitiva, destacando sua relevância histórica e cultural. Ao mesmo tempo, busca-se desenvolver habilidades socioemocionais, como autoconhecimento e consciência social, ao explorar como a arte funcionava como um meio de expressão e comunicação em um contexto de perseguição religiosa.
Objetivos Principais
1. Descrever a importância da arte cristã primitiva como forma de expressão religiosa e cultural.
2. Identificar e analisar as características das pinturas nas catacumbas utilizadas pelos primeiros cristãos.
Introdução
Duração: 15 - 20 minutos
Atividade de Aquecimento Emocional
Respiração Profunda para o Foco
A atividade de aquecimento emocional proposta é a Respiração Profunda, que tem como objetivo promover o foco, a presença e a concentração dos alunos. A respiração profunda é uma técnica simples e eficaz que ajuda a reduzir a ansiedade, melhorar a concentração e aumentar a sensação de bem-estar. Ao dedicar alguns minutos a essa prática, os alunos poderão se centrar e se preparar emocionalmente para o conteúdo da aula.
1. Preparação: Peça aos alunos que se sentem confortavelmente em suas cadeiras, com os pés apoiados no chão e as mãos descansando sobre os joelhos.
2. Fechamento dos Olhos: Oriente os alunos a fecharem os olhos suavemente, se sentirem confortáveis, ou a focarem em um ponto fixo à frente.
3. Respiração Inicial: Instrua os alunos a inspirarem profundamente pelo nariz, contando até quatro, e a expirarem lentamente pela boca, contando até seis. Repita esta etapa três vezes para começar.
4. Concentração na Respiração: Peça aos alunos que continuem respirando profundamente, desta vez focando completamente no movimento do ar entrando e saindo dos pulmões. Sinta o ar fresco entrando pelo nariz e o ar quente saindo pela boca.
5. Contagem de Respirações: Oriente os alunos a contarem mentalmente cada respiração até chegarem a dez. Se a mente divagar, gentilmente redirecione o foco de volta para a contagem.
6. Finalização: Após alguns minutos de respiração profunda, peça aos alunos que façam uma última inspiração profunda e, ao expirar, abram os olhos lentamente, trazendo a atenção de volta para a sala de aula.
Contextualização do Conteúdo
A arte cristã primitiva tem um valor histórico e cultural imenso, pois foi uma forma de expressão e comunicação vital para os primeiros cristãos. Em um período de perseguição religiosa, esses indivíduos usavam as pinturas nas catacumbas não apenas para adorar, mas também para comunicar e compartilhar suas crenças em segredo. Esta forma de arte é um testemunho da resiliência e da capacidade humana de encontrar maneiras de se expressar mesmo em condições adversas. Ao estudar estas obras, os alunos podem refletir sobre como a arte pode ser um meio poderoso de expressão emocional e resistência cultural, conectando-se assim com a importância de entender e expressar suas próprias emoções de maneira saudável.
Desenvolvimento
Duração: 60 - 75 minutos
Roteiro Teórico
Duração: 20 - 25 minutos
1. Introdução à Arte Cristã Primitiva: Explicar que a arte cristã primitiva abrange as manifestações artísticas dos primeiros cristãos, que surgiram entre os séculos I e IV d.C. Destacar que, durante este período, o cristianismo ainda não era uma religião aceita pelo império romano, resultando na necessidade de práticas religiosas clandestinas.
2. Pinturas nas Catacumbas: Detalhar que as pinturas nas catacumbas, também conhecidas como arte catacumbal, eram um dos principais meios de expressão dos primeiros cristãos. Essas pinturas eram feitas em locais subterrâneos onde os cristãos se reuniam secretamente para cultuar.
3. Características das Pinturas: Abordar as principais características das pinturas cristãs primitivas, como o uso de símbolos e metáforas (peixe, pastor, pomba), simplicidade e ausência de figuras humanas realistas, devido à perseguição religiosa.
4. Função Religiosa e Social: Explicar que essas obras serviam não apenas para adoração, mas também para instrução e consolidação da fé. As pinturas muitas vezes registravam histórias bíblicas e conceitos teológicos de forma simbólica.
5. Exemplos Notáveis: Apresentar exemplos específicos de pinturas cristãs primitivas, como as encontradas nas Catacumbas de Roma, e explicar as histórias e mensagens por trás dessas imagens.
6. Contexto Histórico: Discutir o contexto histórico em que essas obras foram produzidas, destacando a perseguição aos cristãos e a eventual aceitação do cristianismo como religião oficial do império romano com o Édito de Milão em 313 d.C.
Atividade com Feedback Socioemocional
Duração: 40 - 50 minutos
Criação de uma Pintura Simbólica
Os alunos irão criar suas próprias pinturas simbólicas inspiradas na arte cristã primitiva. A atividade busca conectar o conteúdo histórico com a expressão pessoal e o autoconhecimento, permitindo que os alunos reflitam sobre suas próprias emoções e crenças e as expressem através da arte.
1. Introdução à Atividade: Explique aos alunos que eles irão criar uma pintura utilizando símbolos que representam suas próprias emoções, crenças ou experiências, assim como os primeiros cristãos fizeram.
2. Escolha de Símbolos: Peça aos alunos que pensem em símbolos que representem algo significativo para eles. Podem ser inspirados em elementos da natureza, objetos pessoais ou conceitos abstratos.
3. Desenho Inicial: Oriente os alunos a fazerem um esboço inicial de sua pintura em uma folha de papel. Incentive-os a pensar nas cores e formas que melhor representam suas ideias.
4. Pintura Final: Forneça materiais de pintura (tintas, pincéis, papéis) e permita que os alunos transformem seus esboços em pinturas finalizadas.
5. Reflexão Escrita: Após terminar a pintura, peça aos alunos que escrevam um breve parágrafo explicando o significado dos símbolos escolhidos e como eles representam suas emoções ou crenças.
6. Apresentação e Compartilhamento: Organize um momento para que os alunos apresentem suas pinturas e compartilhem suas reflexões com a turma.
Discussão e Feedback em Grupo
Após a conclusão da atividade, reúna os alunos em um círculo e inicie uma discussão guiada utilizando o método RULER:
Reconhecer: Pergunte aos alunos como se sentiram durante o processo de criação da pintura. Incentive-os a reconhecerem e nomearem as emoções que experimentaram.
Compreender: Discuta as causas dessas emoções. Pergunte por que eles escolheram determinados símbolos e como esses símbolos estão conectados às suas emoções e experiências pessoais.
Nomear: Ajude os alunos a nomearem corretamente as emoções que sentiram. Utilize exemplos para clarificar emoções complexas.
Expressar: Incentive os alunos a expressarem suas emoções de maneira apropriada durante a discussão. Reforce a importância de ouvir atentamente e respeitar as expressões dos colegas.
Regular: Fale sobre técnicas de regulação emocional que podem ser utilizadas durante atividades artísticas ou outros momentos de estresse. Dê exemplos práticos e peça aos alunos que compartilhem suas próprias estratégias.
Conclusão
Duração: 20 - 25 minutos
Reflexão e Regulação das Emoções
Para concluir a aula, organize uma reflexão escrita ou uma discussão em grupo sobre os desafios enfrentados durante a atividade de criação de pinturas simbólicas. Peça aos alunos que escrevam ou discutam como se sentiram durante a atividade, quais dificuldades encontraram e como conseguiram gerenciar suas emoções. Pergunte o que aprenderam sobre si mesmos e sobre os colegas ao longo do processo.
Objetivo: O objetivo desta reflexão é encorajar os alunos a praticarem a autoavaliação e a regulação emocional. Essa atividade ajuda os alunos a identificar estratégias eficazes para lidar com situações desafiadoras, tanto no contexto da aula quanto em outras áreas de suas vidas. Além disso, promove um ambiente de apoio e compreensão mútua.
Encerramento e Olhar para o Futuro
Para encerrar a aula, sugira que os alunos definam metas pessoais e acadêmicas relacionadas ao conteúdo da aula. Explique a importância de continuar explorando a arte como forma de expressão emocional e cultural. Incentive os alunos a estabelecerem metas que envolvam a criação de novas obras de arte, a pesquisa sobre outras formas de arte religiosa ou a prática de habilidades socioemocionais aprendidas na aula.
Possíveis Ideias de Metas:
1. Criar uma nova pintura simbólica baseada em experiências pessoais.
2. Pesquisar outras formas de arte religiosa e suas histórias.
3. Praticar técnicas de regulação emocional aprendidas durante a aula.
4. Compartilhar obras de arte e reflexões com a turma em futuras aulas. Objetivo: O objetivo desta seção é fortalecer a autonomia dos alunos e a aplicação prática do aprendizado. Definir metas pessoais e acadêmicas ajuda os alunos a continuarem desenvolvendo suas habilidades e conhecimentos, promovendo um crescimento contínuo tanto no campo acadêmico quanto no pessoal. Essa prática também incentiva a responsabilidade e o compromisso com o próprio desenvolvimento.